O termo ESG, sigla de Environmental, Social and Governance, tem se tornado cada vez mais presente nas empresas, já que impacta diretamente na maneira com que alguns processos acontecem no dia a dia dessas operações. 
 

Estruturado nos pilares social, ambiental e de governança corporativa, o ESG prevê uma série de ações sustentáveis. Assim, o movimento convida as organizações a serem mais do que geradoras de lucro e contribuírem ativamente com práticas de cuidado ao planeta, zelo com funcionários e fornecedores e gestão transparente. 
 

E, apesar de parecer comum, muitas franqueadoras ainda estão se familiarizando não só com o termo, mas também com as suas aplicações e como a sustentabilidade pode ser uma estratégia para elas. 
 

O principal desafio é mostrar para o franchising que as iniciativas de ESG não demandam, necessariamente, um alto investimento de tempo e dinheiro. Mas, ao contrário disso, colaboram com o crescimento da rede porque resultam em: colaboradores e franqueados mais produtivos, felizes e engajados; uma administração mais justa e assertiva; melhor relação com o meio ambiente e uma reputação positiva do mercado e dos consumidores. 
 

Também vale mencionar que as empresas que abraçarem a cultura ESG podem aproveitar benefícios financeiros junto a algumas instituições, como linhas de crédito mais baratas. Alguns bancos e fintechs têm oferecido condições especiais para companhias que se comprometem com essas práticas pois acreditam que elas são mais sólidas e pensam no futuro. 
 

Para trazer dados concretos sobre esse cenário, uma pesquisa elaborada pela agência de pesquisa Union + Webster e divulgado pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) mostrou que grande parte dos brasileiros opta por consumir de marcas que sejam mais sustentáveis. O estudo apontou que 87% da população prefere produtos e serviços de redes que estejam ligadas com a sustentabilidade e demonstrem ter responsabilidade social. 
 

Além disso, só em pesquisas no Google, por exemplo, a busca pelo termos “ESG” aumentou em torno de 90% nos últimos anos. 
 

Com isso, não há dúvidas de que os pilares deste movimento devem ser usados nas franqueadoras de maneira estratégica, especialmente porque o público final também têm cobrado esse tipo de postura das marcas.

O que as franquias podem fazer para adotar práticas de ESG? 
 

Sabendo da importância que o ESG tem hoje no mercado e como essa sustentabilidade pode colaborar com os planos de crescimento de uma franquia, muitas redes se questionam o que devem fazer para adotar ações de ESG nas suas unidades. 
 

Obviamente, a resposta para isso depende de cada tipo de negócio, do porte da franqueadora, do segmento no qual ela está inserida e muitas outras questões. Não há como apontar um caminho certeiro para todas as redes. 
 

Entretanto, para ilustrar algumas possibilidades, elencamos abaixo exemplos de ações que podem incentivar os franqueadores a tirarem as ideias do papel e começar. 
 

Levando sempre em consideração que o ESG está baseado em atitudes para cuidar do meio ambiente, ter responsabilidade social com as pessoas ligadas ao negócio e adotar melhores práticas de governança corporativa, podemos sugerir:
 

• Redução da geração de resíduos; 
• Plantio de árvores; 
• Apoiar causas sociais, como ações de caridade e programas de voluntariado que ajudem a comunidade local; 
• Desenvolvimento da cadeia produtiva de matérias-primas não tóxicas para a confecção dos produtos; 
• Uso de energia limpa;
• Oferecimento de oportunidades de ingresso no mercado de trabalho;
• Avaliação periódica sobre as remunerações e benefícios oferecidos aos colaboradores;
• Ações de incentivo aos cuidados com saúde física, mental e financeira de profissionais e franqueados;
• Utilização de materiais recicláveis para confecção dos produtos; 
• Uso da economia circular; 
• Transparência na prestação de contas; 
• Oferecer produtos ou serviços que promovam a sustentabilidade e a saúde, como produtos orgânicos, veganos e sem testes em animais;
• E muito mais!